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Empréstimo na crise: solução ou mais problemas?

Economia

Criado em 01 Jun 21

Tempo estimado de leitura: 2 minuto(s)

Empréstimo na crise: solução ou mais problemas?

Todos nós, em algum momento da vida, estamos sujeitos a contratar algum tipo de crédito. Os motivos podem ser os mais variados: seja para adquirir um bem, investir em uma oportunidade de negócio, antecipar a realização de um sonho ou até mesmo para enfrentar um momento de dificuldade.

Independentemente de qual seja o motivo, antes de realizar um empréstimo, é preciso analisar a real necessidade e o peso das parcelas dentro do orçamento para não exceder a sua própria capacidade de pagamento e cair na inadimplência.

Avaliar sua real condição financeira e verificar o quanto de recursos você teria disponível para direcionar a estes novos compromissos financeiros é fundamental. Se você já está comprometendo mais de 30% de sua renda para quitar outras dívidas, assumir novas prestações não seria o mais indicado. O ideal  neste caso é reduzir o nível atual de endividamento eliminando as dividas mais caras primeiro.

A orientação para que um empréstimo não se torne um problema é analisar as taxas de juros, os prazos para o pagamento, os valores das parcelas e o custo final desta operação. Um período mais longo para o pagamento pode até reduzir o valor mensal das parcelas, mas o valor final pago será muito maior do que se o empréstimo fosse pago em um prazo menor.

Lembre-se que esta nova parcela deverá caber dentro do orçamento sem prejudicar o andamento das demais responsabilidades.

Segundo pesquisa realizada pela CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e SPC Brasil, 4 a cada 10 pessoas possuem algum tipo de empréstimo e o fizeram com o objetivo de pagar outras dívidas já assumidas, como empréstimos, cartão de crédito e prestações, enquanto outros 20% das pessoas tinham a intenção de pagar contas rotineiras, como aluguel, condomínio, água, luz, telefone, dentre outros.

Às vezes, contratar um empréstimo para quitar um outro mais caro já contratado anteriormente pode fazer sentido quando se obtém condições melhores com juros mais baixos e prazos mais flexíveis, trocando assim uma dívida cara por outra mais barata.

Mas antes de fazer isso, a dica é conversar com sua instituição financeira para verificar as possibilidades de renegociação.

É fundamental refletir sobre como tem sido seu próprio comportamento financeiro a fim de identificar qual a verdadeira razão da perda do controle. O problema normalmente está na raiz, nas pequenas atitudes do dia a dia relacionadas ao consumo excessivo ou, até mesmo, em razão de estarmos mantendo um estilo de vida incompatível com o próprio nível de renda.

Sem organização de nada adiantará absorver um novo empréstimo. Nesse caso, ao invés de resolver um problema, poderá estar criando um outro ainda maior. Por isso, fique atento e avalie bem todas estas condições antes de tomar sua decisão. 

Momentos difíceis podem surgir, mas não duram para sempre. Quanto mais conscientes e dispostos estivermos para lidar com eles, mais rápido encontraremos a melhor solução.

Abraços e até a próxima.

Escrito por: Sua Saúde Financeira e Investimentos

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